quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Os benefícios do ÓLEO DE COCO


Ultimamente, muito se tem falado sobre o poderoso óleo de coco.

(Antes de darmos entrada ao assunto, gostaria de esclarecer que todas as funções, no que se refere ao óleo de coco, trata-se do ÓLEO DE COCO EXTRAVIRGEM e prensado a frio)

Uns já o usam, pois sabem das "vastas" ações benéficas no organismo. Outros o usam por fins estéticos (emagrecimento, por exemplo). Outros, além de usarem, já substituíram todas as gorduras da alimentação por essa riqueza!

Será mesmo o óleo de coco tão bom ao ponto de substituí-lo em tudo e qualquer forma que eu venha precisar do uso de gorduras? Digo-lhe: SIM!

Sendo assim, não basta apenas falar/ouvir isso, mas agora lhe deixarei por dentro de uma completa matéria sobre o óleo de coco. Está pronto? Então vamos lá!


Propriedades do Óleo de Coco


A GORDURA DO COCO

O Coco (C. nucifera) pertence à família Arecaceae (Palmae) e à subfamília Cocoideae. O óleo é, em geral,
extraído a frio a partir da massa do coco. 

O óleo de coco é classificado como gordura saturada. (o que? Aquela gordura má?) Calma. Sabe-se que o nível de saturação determina a consistência da gordura em temperatura ambiente. Quanto maior o grau de saturação, mais dura a gordura será (caso das margarinas e manteigas). No entanto, o óleo de coco é uma exceção, pois apesar de ser altamente saturado, é liquido, devido à predominância de ácidos graxos de cadeia média (AGCM), que correspondem a 70-80% de sua  composição. Não é apenas uma gordura saturada, mas uma gordura saturada, digamos que, do bem!

O fato do óleo de coco possuir maior quantidade de AGCM (memorize essa sigla, ou ao menos a última letra M), diferentemente de outras gorduras saturadas, faz com que tenha um comportamento no metabolismo distinto em virtude de suas características estruturais. 

EXPLICAÇÃO (não deixe de ler e compreender):

Os AGCM (gordura de cadeia média) são rapidamente absorvidos no intestino, mesmo sem sofrer ação da enzima lipase pancreática (enzima que participa do processo de digestão). 
As gorduras de cadeia longa (AGCL), diferentemente das de cadeia média, necessitam da lipase pancreática para a absorção e são transportadas pela linfa (vasos linfáticos do corpo) para a circulação do sangue na forma de quilomícrons (junção de gorduras), para depois atingir o fígado, onde eles passam por beta-oxidação, biossíntese de colesterol, ou são ressintetizados como triglicérides, resumindo: SÃO TRANSFORMADOS EM GORDURA.

Já os AGCM (presente no óleo de coco) são transportados pela veia porta (ligada ao fígado) para o fígado, onde são rapidamente oxidados (transformados), gerando energia. Percebeu esse detalhe???

Ou seja... Ao contrário dos AGCL (NÃO presente no coco), os AGCM (presente no coco) NÃO participam do ciclo de colesterol e NÃO são estocados em depósitos de gorduras. Tais características fazem com que óleos tropicais, como o óleo de coco, sejam indicados para tratamento da hiperquilomicronemia (alto nível de gordura no sangue) e no tratamento de colesterol elevado, em substituição a outros óleos vegetais.


1. ÓLEO DE COCO   X   REDUÇÃO DO PESO


Os estudos em relação à eficiência do óleo de coco no tratamento do emagrecimento/obesidade ainda são escassos. Os defensores do óleo de coco se baseiam na teoria de que os AGCM são facilmente oxidados a lipídeos e não armazenados no tecido adiposo, quando comparados aos AGCL. Por esta inferência, e pelo fato do óleo de coco ser rico em AGCM e pobre em AGCL, seu uso poderia ter efeito no tratamento da obesidade.

Um outro ponto que acredita-se que o óleo de coco influencie na redução de peso é que, por ser rico em ácidos graxos de cadeia média (AGCM), o óleo terá efeito termogênico. Ou seja, acelerará o metabolismo, contribuindo para o emagrecimento (em perda de GORDURA). 
Esta propriedade, aliada a capacidade que a gordura de coco tem de estimular a glândula tireoide, aumenta o metabolismo basal e, conseqüentemente ajuda a reduzir o peso com maior facilidade. Porém, isso não é milagroso! Ninguém emagrece sem REEDUCAÇÃO ALIMENTAR e ATIVIDADE FÍSICA.


2. ÓLEO DE COCO   X   IMUNIDADE


Cerca de 50% da gordura do coco é composta pelo ácido láurico, o seu principal ácido graxo de cadeia média, que, no corpo humano se transforma em monolaurina, um monoglicerídeo capaz de exercer ação antibacteriana, antiviral e antiprotozoária, por meio da destruição da capa lipídica de vários microorganismos, tais como: Cândida albicans, Citomegalovirus, Clamídia, Estreptococos, Giárdia, Helicobacter pylori, Herpes, entre outros.

Além do ácido láurico, cerca de 7% dos ácidos graxos do coco é composto pelo ácido cáprico, que se transforma no organismo em monocaprina, um composto também com propriedades antimicrobianas, notadamente contra o vírus HIV, a Clamídia, o ambos os tipos de herpes, simples e zoster.

Recentes pesquisas comprovam ainda que o óleo de coco pode desempenhar atividade antiinflamatória devido à sua capacidade de elevar os níveis da interleucina 10, um poderoso agente antiinflamatório. As mesmas pesquisas, ainda citam uma possível relação entre o consumo do produto e a menor incidência de câncer de mama e câncer de cólon.


3. ÓLEO DE COCO   -   ANTIOXIDANTE


O óleo é também rico em vitamina E, um grande agente antioxidante. Com isso, colabora na diminuição da produção de “Radicais Livres”! Isto se deve principalmente a ação direta da vitamina E presente na “Gordura de Coco Extra Virgem” composta por 8 frações desta vitamina: 4 tocotrienóis (alfa, gama, delta e teta) e 4 tocoferóis (alfa, gama, delta e teta). Contrário a outras gorduras, principalmente em relação aos óleos polinsaturados, a gordura de coco diminui as necessidades de vitamina E do organismo.


4. ÓLEO DE COCO   X   COLESTEROL


Ajuda na redução do "mau" COLETESROL – LDL e evita que o mesmo se oxide. Por outro lado, promove a elevação do bom COLESTEROL - HDL contribuindo assim na prevenção e tratamento das doenças cerebrais e cardiovasculares.


5. ÓLEO DE COCO   X   FUNÇÃO INTESTINAL


Tanto nos casos de constipação intestinal (prisão de ventre; intestino preso) ou mesmo nas diarreias (disenterias), os componentes da gordura de coco agem normalizando as funções intestinais. Ao mesmo tempo o ácido láurico, através do monolaurin (falamos logo acima), ajuda a eliminar as bactérias patogênicas (inimigas), protegendo e favorecendo o crescimento da “flora amiga”.

Para quem não sabe, nosso intestino, o órgão que faz a absorção dos alimentos que ingerimos, é rico em bactérias. Bactérias essas que atuam com inúmeros benefícios na hora do processo de digestão. Porém, não só existem bactérias benéficas, como também podem existir bactérias maléficas, onde estar devem ser combatidas. Combate esse acontece através do monolaurin.


6. ÓLEO DE COCO   X   TIREOIDE


Melhora o funcionamento da TIREOIDE, tendo ainda ação “Anti-Envelhecimento”.

Estudos realizados há mais de 30 anos comprovaram que a gordura de coco estimula a função da glândula TIREOIDE. O bom funcionamento da TIREOIDE faz com que especificamente o mal COLESTEROL – LDL, através de processo enzimático, produza os hormônios antienvelhecimento: PREGNENOLONA, PROGESTERONA e DHEA (dehidroepiandrosterona). Todas estas substâncias são necessárias na prevenção de Doenças Cardiovasculares, Senilidade, Obesidade, Câncer dentre outras doenças crônicas relacionadas à idade.


7. ÓLEO DE COCO   X   AÇÃO COSMÉTICA


A gordura de coco pode ser aplicada diretamente sobre a pele e mesmo nos cabelos, funcionando com um “condicionador” natural. Para isso, é só massagear os cabelos com 1 colher de sobremesa antes do banho. 

Além de hidratar a pele e não conter radicais livres, previne rugas numa verdadeira ação antienvelhecimento. Isto se deve a “lubrificação” da pele, permitindo que os nutrientes do sangue cheguem até ela.


8. ÓLEO DE COCO   X   AÇÃO DERMATOLÓGICA


Além do poder bactericida na pele, pode ser utilizada como cicatrizante de feridas, picadas de insetos, alívio em queimaduras e, sobretudo nos eczemas e dermatites de contato, bem como no tratamento do herpes e candidíase.


9. ÓLEO DE COCO   X   DIABETES


A gordura do óleo de coco tem ação direta no controle da compulsão por CARBOIDRATOS (açúcares e massas).

Assim como os alimentos ricos em fibras ajudam a manter níveis estáveis de insulina no sangue, conseqüentemente facilitando a vida dos diabéticos, a gordura de coco proporciona uma sensação de saciedade ainda maior e, acima de tudo, não estimula a liberação de insulina, contribuindo desta forma para diminuir o “craving” compulsão por carboidratos, principalmente a doces. 

Contrário aos demais óleos polinsaturados que dificultam a entrada da insulina e nutrientes para dentro das células, deixando-as literalmente “famintas”, a gordura de coco “abre as suas membranas” (portas das células), não somente permitindo que os níveis de glicose e insulina se normalizem, como também melhorando sua nutrição, restabelecendo os níveis normais de energia.

Legal, não é? 


10. ÓLEO DE COCO   X   FADIGA CRÔNICA E FIBROMIALGIA


A Fibromilagia pode ser considerada um processo reumático, que freqUentemente acomete o pescoço, região lombar, ombros, nuca, parte superior das coxas, joelhos, nádegas, cotovelos e parte superior do tórax. É importante lembrar que os fenômenos dolorosos podem acometer qualquer parte do corpo.

Tanto a dor quanto o enrijecimento matinal é mais acentuado pela manhã, que muitas vezes é acompanhado de: insônia, dor de cabeça, depressão, mente embotada, desorientação, alterações digestivas, tonteiras, ataque de pânico e vermelhidão facial.

O sistema imunológico de uma pessoa afetada, frequentemente é hipersensível a muitos fatores, tornando o indivíduo hiperalérgico a muitos alimentos. Estes sintomas podem ser agravados por outras alergias, falta de sono, estresse e infecções agudas.

Dentre as causas associadas a estas duas patologias destacamos: Herpes Zoster, Epstein – Barr Virus (o vírus do beijo), Mononucleose infecciosa, Resfriados e Estados Gripais, Deficiência nutricional, Intoxicações por metais pesados (mercúrio, chumbo, arsênico, cádmio, flúor, cloro, dentre outros), finalmente a deficiência de sais minerais e, o eterno desafio do homem: o estresse!

Hoje, a gordura de coco EXTRA – VIRGEM, talvez seja uma das melhores soluções para combater a Síndrome da Fadiga Crônica e Fibromialgia.

Os ácidos gordurosos de cadeia média, sobretudo o Láurico, podem eliminar vírus como os do Herpes e Epstein-Barr, que se acredita sejam os grandes responsáveis por estas entidades. Combate e ajuda eliminar cândida, giárdia e ameba. Ainda eliminam uma grande quantidade de vírus, bactérias e até mesmo certos vermes que podem estar relacionados à estas duas patologias. 


11. ÓLEO DE COCO   X   ATIVIDADE FÍSICA


Quem prática atividade física de alta intensidade sofre com uma baixa na imunidade. O óleo de coco pode ser útil na prevenção de infecções, além de ser um bom antioxidante, ajudando na eliminação de radicais livres que resultam da atividade física.

A velocidade de absorção dos ácidos graxos de cadeia média no intestino é similar à da glicose.

O carboidrato, como sabemos, é o substrato energético para atividades aeróbias de longa duração, porém, as reservas corporais de glicogênio são limitadas e podem ser totalmente depletadas em eventos atléticos dessa natureza. Assim, pode ser vantajoso otimizar a utilização dos lipídios (AGL - gorduras) como fonte de energia, poupando os estoques de glicogênio para os estágios finais da competição.

A utilização dos lipídios como fonte de energia durante exercícios de longa duração é muito importante, já que eles, armazenados no organismo na forma de TG no tecido adiposo (gordura corporal), no músculo esquelético e no plasma, representam o principal estoque de energia do organismo, chegando a ser 60 vezes maior quando comparados com o glicogênio. Outro fator importante é a quantidade de energia fornecida com a oxidação dos lipídios (9kcal/g), enquanto que a glicose fornece menos (4kcal/g).

Porém estudos mostram que a suplementação de triglicerídeos de cadeia média em exercícios de ultra-resistência parece não promover melhora no desempenho que justifique a sua utilização. 

Apesar de a taxa de oxidação (produção) dos triglicerídeos de cadeia média aumentar quando eles são ingeridos com carboidratos, esse fato parece não poupar os estoques corporais de glicogênio ou melhorar o desempenho. Dentre os estudos, apenas um observou melhora no desempenho com consumo de triglicerídeos de cadeia média (combinados com carboidratos) e mesmo assim, a quantidade de triglicerídeos de cadeia média suplementada (86g) foi maior do que a recomendação encontrada na literatura (30g), o que poderia causar desconforto gastrintestinal e diarreia.

Para treinos anaeróbios de curta duração como a musculação, os ácidos graxos de cadeia média apresentam benefícios, servindo como fonte de energia ao longo do dia, deixando os carboidratos disponíveis para os horários de maior demanda, por exemplo, pré treino e pós treino. Os carboidratos (açúcares e massas) garantem assim fontes energéticas para o treinamento no pré treino e disponibiliza a recuperação de glicogênio muscular e hepático no período pós treino.

O nutricionista, desta forma, pode manter uma dieta reduzida de carboidratos durante o dia, suprindo as necessidades diárias do individuo com a combinação reduzida em carboidratos mais triglicerídeos de cadeia média (presentes no óleo de coco), utilizando carboidratos em maiores quantidades em horários próximos a realização das atividades físicas, pois os carboidratos são essenciais para realizar a recuperação dos estoques de glicogênio muscular e hepático. Sendo assim, um equilíbrio entre carboidratos e triglicerídeos de cadeia média pode ser muito interessante.

A minha indicação pessoal, quanto ao óleo de coco na atividade física, é não tomá-lo com o intuito de fornecimento de energia rápida para um treino intenso, mas sim para um efeito duradouro. Na redução do peso e ação termogênica, indico tomar antes do treino (1 col sop) e também, se preferir, depois. Uma vez que a fonte de energia para exercícios físicos que irão requerer mais gasto energético é o carboidrato, o óleo de coco não irá atuar com esse objetivo, mas sim com o efeito termogênico e reparador muscular.


Como escolher seu óleo de coco


Como eu havia falado no início da matéria, o óleo de coco deve ser consumido em forma de ÓLEO DE COCO EXTRA VIRGEM, prensado A FRIO.

Não adianta consumir por consumir qualquer óleo de coco. 

O óleo extraído sem ser prensa a frio, virá até você com suas propriedades alteradas e os efeitos não serão os mesmos, serão maléficos!

Para isso, leia na embalagem antes de comprar.


Formas de utilização


O óleo de coco pode ser utilizado em substituição a outros tipos de gordura no preparo dos alimentos. Com as descobertas dos malefícios da gordura trans, a indústria alimentícia vem buscando alternativas para o preparo de alimentos. Uma das alternativas tem sido o uso de óleos tropicais, como o óleo de coco. Obviamente, a retirada da gordura trans traz benefícios no perfil lipídico e no risco cardiovascular.

Estudos realizados (na Dinamarca) fez uma comparação de dietas ricas em AGCL e AGCM (óleo de coco) e os resultados demonstraram um aumento do "colesterol mau", em relação à dieta com AGCM.

Utilize o óleo de coco nas suas preparações que necessitarem de óleos; em frituras; no acréscimo na confecção de bolos, pães, biscoitos; untar formas; temperar saladas; etc.


Nota Nutricional Importante


Assim como toda gordura, o óleo de coco também é calórico. Consuma-o com moderação.

A indicação diária é de até 30-40 ml.

Vale a pena trocar todos os óleos que você consome pelo óleo de coco, claro, se você tiver condições para isso! Inclusive, ele pode ser reutilizado, sem problemas.


FINALIZAÇÃO


Bom, meus queridos, espero que tenham gostado dessa matéria sobre o óleo de coco, uma maravilha recém descoberta pelos amantes da saúde.

Invista na sua saúde, invista na sua alimentação!

Até um próximo encontro.

Forte abraço a todos!


Sara Câmara de Medeiros
(Nutricionista Clínica)

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